Estive pensando muito a respeito de nossos valores em adoração e me perguntando: Por que é que eu ministro de certo modo? O que é que nos torna apaixonados? O que é que estamos tentando alcançar nos momentos em que estamos juntos adorando com cânticos? Para mim parece que os valores por trás do que fazemos são absolutamente essenciais. O estilo e a prática podem variar, mas os valores precisam ser claros e considerados. Como eu já ponderei sobre estas questões, este é o lugar para onde eu vou. A adoração que o Pai Celestial deseja é:
1. Cristo no Centro
Em Apocalipse 4 e 5, vemos que a adoração acontece ao redor do Trono, os 4 seres viventes, os 24 anciãos, e milhares e milhares de anjos. Qual é o objeto de sua adoração? Quem é que está no centro de sua adoração?
“Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra.” Apocalipse 5:6
Falando sobre a Supremacia de Cristo em Colossenses, Paulo escreve: “Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”Colossenses 1:1.7. Nossa adoração deve ser centrada em torno da pessoa de Jesus Cristo!
2. O Espírito Santo lidera
Quando adoramos devemos ser conduzidos pelo Espírito Santo. Ele é o dirigente das ministrações do louvor. É o Espírito Santo que revela Jesus, e através de Jesus podemos adorar o Pai.
Como Richard Foster fala sobre adoração: “A chama ascende dentro de nós apenas quando o Espírito de Deus toca nosso espírito humano. Podemos usar todas as técnicas e métodos litúrgicos, podemos ter a melhor liturgia possível, mas não teremos adorado ao Senhor até que o Espírito toque o espírito.”
Como líderes de louvor e adoração, temos duas escolhas na forma em que lideramos – iniciação ou resposta. Iniciação é muitas vezes como nós conduzimos, tentando forçar as pessoas a adorar e a fazer as coisas acontecerem com a nossa própria força. Agora o melhor caminho é ministrar respondendo ao que o Espírito está fazendo. Aí reside a bênção. Bob Sorge comentou com presteza: “Ele [Deus] honra os líderes que se achegam com cuidado em sua presença, esperando nEle a iniciativa em nossa direção, e então ajuda o povo a responder de volta ao Senhor. Neste modelo há muito menos tendências a exageros porque o Espírito Santo é visto como o responsável por mover as pessoas para a adoração – não o líder do louvor ou os músicos”.
Então, quando for liderar o louvor e adoração procure ser guiado pelo Espírito. O que envolve fazer perguntas como: “O que o Senhor está fazendo hoje? Onde o Senhor está se movendo? Que resposta o Senhor espera de nós?”
3. Realidade
Muitas vezes as pessoas vão à igreja cansadas, aborrecidas e quebradas. Devemos permitir que as pessoas tenham espaço e liberdade para serem reais e honestas em sua adoração. Deus não quer que sejamos fingidos. Em meio a um mundo que sofre, devemos estar cientes que a vida às vezes é difícil, mas Deus é sempre bom. Um aspecto importante da adoração é a nossa resposta honesta e genuína a Deus. Só então seremos capazes de encontrar a verdadeira esperança e força.
4. Intimidade
João 15:15 diz tudo, “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”
Somos chamados para uma amizade íntima com Deus. Nós não O amamos e respeitamos apenas de longe; podemos estar perto e nos aproximar. O que é uma verdade surpreendente. Esta é uma parte essencial de nossa adoração, permitindo que as pessoas recebam e respondam ao maravilhoso e misericordioso amor que Deus tem derramado sobre nós. É por isso que nós não apenas cantamos sobre Deus, cantamos para Deus.
5. Sensibilidade
Como líderes de louvor e adoração, precisamos estar sensíveis aqueles que estamos liderando. Não liderá-los de forma agressiva ou frustrada, mas por amor e gentileza. Acho que o que precisamos para ministrar é uma “autoridade gentil.” Às vezes isso é difícil quando as pessoas parecem lentas para se envolverem. Se você for como eu – por qualquer coisa – vai ficando cada vez mais irritado com as pessoas. Mas na verdade eu preciso aprender a ser sensível ao lugar onde as pessoas estão, orar para que Deus me dê amor por elas. Só então eu realmente serei capaz de liderá-los para um encontro envolvente de adoração.
6. Transformação
Novamente os comentários de Richard Foster do seu livro fantástico, “Celebração da Disciplina”
“Assim como a adoração começa em santa expectativa, ela termina com santa obediência. Se a adoração não nos impulsiona para uma maior obediência, não foi adoração.”
Encontros genuíno com Deus, nos fazem compartilhar Seu coração para um mundo quebrado. Temos que cuidar das pessoas ao nosso redor – o último, os menores e os perdidos. A Adoração não pode ser apenas canções – tem que nos transformar radicalmente e conseqüentemente impactar a sociedade ao nosso redor. Como vemos em Amós 5, canções sem ações são um som sem sentido para Deus.
“Adoração sem missão é auto-indulgente. Missão sem adoração é auto-destrutiva.”
Então aí estão nossos valores no louvor e adoração:
Cristo no Centro
O Espírito Santo lidera
Realidade
Intimidade
Sensibilidade
Transformação
Fonte: www.worshipcentral.org